Empresa cria brindes como copo, garrafa, balde de pipoca e jogo de futebol. Setor deve movimentar R$ 7 bilhões até junho de 2014.
A Copa de 2014 movimenta os negócios do mercado de brindes no Brasil,
com pequenas empresas do setor se preparando para a competição. Segundo o
diretor comercial da Abrinde, Marcelo Chaves, o setor deve movimentar
R$ 7 bilhões até junho de 2014.
“O brinde é expansivo, né? Tudo a que você associar as cores, a copa, o
nome da sua empresa, nesse momento, passa a ser um brinde de grande
retorno pra sua marca”, diz Marcelo Chaves, diretor comercial da
Associação Brasileira de Brindes.
Os empresários Rubens Lorenzetti e Thais Alves lançaram o kit torcedor:
uma sacola cheia de brindes como cornetas, copos, canecas, apitos. E
esperam vender 500 mil kits até a Copa.
“A expectativa é a melhor possível, a gente pretende duplicar,
triplicar nosso faturamento. Esse kit é uma opção para nossos clientes,
para as empresas, atrelarem a marca deles à copa”, diz a empresária
Thais.
Em 2008, Rubens e Thais montaram a empresa de brindes com R$ 30 mil,
dinheiro investido num pequeno escritório. Para reduzir custos, os
empresários fazem parcerias e produzem tudo fora, terceirizado em várias
empresas. Uma delas só produz canecas.
As canecas são produzidas em uma máquina injetora, que transforma um
punhado de plástico granulado em uma caneca. O plástico é colocado num
balde e dali é aspirado, derretido e ganha forma em um molde. A máquina
faz duas peças a cada 22 segundos.
O equipamento é caro, custa R$ 150 mil, por isso só é vantajoso pra
quem precisa de muita quantidade, em caso contrário, é mais vantajoso
terceirizar a produção, como Rubens e Thais.
As cornetas são feitas em outra fábrica, assim como a personalização
dos brindes, que é feita com estampa em máquina de silcscream.
“O cliente manda o logo como ele quer estampar nos materiais, a gente
faz a estampa, e monta o kit na forma como ele melhor desejar”, diz
Thais.
O kit torcedor, com oito peças dentro da sacola, é vendido por R$ 10.
Para divulgar o produto, a empresa investiu R$ 60 mil em anúncios na
internet, catálogos e feiras de negócios. E acha que vai estourar de
vender.
“Já desde a última Copa a gente vendeu bem e a ideia agora é sair na
frente, já se preparar em 2013 para em 2014 entrar com tudo e vender
muito. E vai vender”, diz o empresário Rubens Lorenzetti.
Máquinas de brindes
O empresário Sérgio Gotti começou a fazer brindes em casa, em 1994, praticamente sem dinheiro. Ele comprava e revendia os produtos e, aos poucos, com o dinheiro que ganhava, foi comprando equipamentos.
O empresário Sérgio Gotti começou a fazer brindes em casa, em 1994, praticamente sem dinheiro. Ele comprava e revendia os produtos e, aos poucos, com o dinheiro que ganhava, foi comprando equipamentos.
Hoje ele é dono de uma fábrica com vinte máquinas no valor de R$ 2
milhões. Há injetoras, fixadoras de rótulos e embaladoras. O
investimento na fabricação compensa porque ele vende em grande
quantidade.
“A gente fabrica hoje desde o molde, a injeção, a gravação, tudo para não deixar o cliente em aberto”, diz Sérgio Gotti.
O empresário espera vender sete milhões de brindes até junho de 2014:
canecas, baldes, copos para pipoca, garrafas em formato de bola e até
novidades como um jogo de futebol. O custo é baixíssimo: R$ 0,60 por
unidade. O jogo, com campo, bola e trave, é todo de papel e plástico.
Para ganhar mais mercado, a empresa vende brindes a partir de 100
unidades. Um copo sai por R$ 2, um balde de pipoca custa R$ 3,50 cada e
uma garrafa custa a partir de R$ 1,20, todos com as cores da bandeira do
Brasil.
O empresário também desenvolveu uma máquina que estampa objetos, que
pretende alugar para quem quer entrar no mercado de brindes. A máquina
de transfer estampa os objetos a partir de um papel em quatro segundos.
A empresa aluga a máquina por uma licença inicial de R$ 3 mil, mais um
aluguel de R$ 500 por mês. O valor dá direito a quatro máquinas para
brindes de diferentes formatos, mais uma guilhotina para cortar o papel
do logotipo e uma impressora. Com esse kit, é possível personalizar
todos os brindes fornecidos pelo empresário.
“A gente vai passar todo o know how de gravação, de impressora, papel,
que é o principal fator, e o produto. Então a pessoa com um investimento
muito baixo poder ter agilidade. É o mais importante, poder entregar de
um dia para o outro, no máximo dois dias. O país nosso é muito grande e
impede toda uma logística. Então, essa foi a ideia e acho que a gente
vai se dar bem nisso”, diz Sérgio.
Fonte: PEGN - G1
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