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Aumento do imposto (IPTU) em SP para os pequenos e médios negócios, veja os impactos.

Caso o projeto entre em vigor, aumento será maior em regiões com alto número de empresas; segundo pesquisa, medida deve causar inflação e demissões















Na última terça-feira (29/10), a Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou um projeto que prevê o aumento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de estabelecimentos comerciais da cidade, a partir do ano que vem. Agora, o texto precisa ser sancionado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) para entrar em vigor.
Para os imóveis comerciais, o aumento chega até 35%. Foi estipulada uma alta máxima de acordo com os distritos da cidade. A Câmara divulgou um cálculo que informa quanto o IPTU vai aumentar, em média, em cada região. O cálculo também engloba a alta do imposto para os imóveis residenciais, que subirão até 20%. Mesmo assim, é possível perceber que o centro expandido, com forte presença de empresas, será mais afetado. Os distritos de Alto de Pinheiros, Sé e Vila Mariana têm a maior média de aumento: 19,8%. Outras regiões de forte presença corporativa, como Bela Vista (reajuste de 19,5%), Jardim Paulista (19,5%) e Itaim Bibi (19,1%) estão entre as que tiveram as maiores elevações.
Frente ao aumento, não sobra muita alternativa ao empresário paulistano. No mesmo dia da aprovação do projeto pela Câmara, o Sebrae-SP fez uma pesquisa com donos de pequenas empresas da cidade. Divulgado na quarta-feira (30/10), o levantamento mostra o que os empreendedores planejam fazer para lidar com a alta.
Segundo a pesquisa, caso Haddad sancione o projeto, 27% dos 559 entrevistados devem repassar parcialmente o aumento do IPTU para o preço dos produtos e serviços que oferecem. Outros 22% planejam repassar integralmente o reajuste. "Ambos os cenários indicam que um novo ciclo inflacionário deve ocorrer em São Paulo", diz Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae-SP.
Outros 13% pensam em mudar para uma cidade com carga tributária menor, o que causaria o deslocamento de 79 mil empresas para fora de São Paulo. Para 9% dos participantes da pesquisa, uma das medidas planejadas é reduzir o número de funcionários. O Sebrae-SP concluiu que, caso a lei entre em vigor, 119,1 mil postos de trabalho poderão ser extintos na cidade. O fechamento da empresa é encarado como possibilidade por 8% dos empresários entrevistados – 49 mil estabelecimentos a menos na cidade, também de acordo com cálculo da entidade.
De acordo com Caetano, o aumento é considerado pelo Sebrae-SP e por outras entidades representativas do empresariado como inconstitucional. “O reajuste fere a Constituição, que roga que uma alta só pode acontecer se a população puder arcar com ela”, afirma. O diretor também diz que, caso o projeto seja transformado em lei, Sebrae-SP, Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) e Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) devem ir à Justiça para impedir a elevação do imposto.

 Fonte: G1

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